sábado, 31 de julho de 2010

Peça. Prometa.


"Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou (...). Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia (...). Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar".

sobre mim.


A mulher de Peixes

A mulher de Peixes é conhecidíssima no zodíaco. São as mulheres à moda antiga, digamos assim. As mais femininas de todas, de uma forma que nem as librianas sabem ser. Se você procura a mulher para quem você puxa a cadeira, que pula nos seus braços quando sente medo e que olha pra você com toda a admiração que você viu poucas vezes na sua vida, então aqui está sua Chapeuzinho Vermelho. Proteje-a do lobo.
Ela é uma sonhadora, crente fervorosa no alter ego das pessoas que ama. Ela crê que o homem com quem está é capaz de protege-la de uma dúzia de perigosos bandidos que possam abordá-la numa rua obscura. E um toque de sua fé mágica acaba convencendo-o que sim, é possível. Ela é a mulher que muitos homens desejam, e acaba atraindo para si muitos dos olhares masculinos. Ela é isso... Nem mais, nem menos. Mulher na medida de uma mulher.
A amante de peixes é como retiro espiritual onde você recarrega suas energias. Ela é suave e torna as coisas suaves. Acalmam. E sem fazer força ou usar de artificios acabam atraindo os homens pela energia que emana. Dificilmente culpará você por tudo, será exigente ou egoísta. É tão boa que nem parece verdade. O que é interessante porque as piscianas também são conhecidas por serem esponjas humanas. Absorvem para si todos os problemas dos outros. Assumem, decidem cuidar deles. Certamenteque ela tem um bocado de problemas em sua vida e é bom que você não seja mais um deles. Elas são plácidas, mas vez ou outra (assim no susto do de vez em quando) ela abre firme suas guelras e esbraveja pra fora tudo que ela quiser...Porque é o direito dela depois de tanto tempo absorvendo tudo. Então, cuidado, uma hora seu peixinho vai pular pra fora do aquario se você abusar demais.
São sonhadoras e ex-tre-ma-men-te sentimentais. Quando se sente magoada é capaz de derramar rios inteiros de lágrimas. É o tipo da mulher que chora na DR. E pode acreditar que você vai se sentir um assassino de coelhos nessa hora achando que cometeu a maior maldade do mundo. Elas sabem como parecer frágeis. Bom, mas elas não são. De outra forma, como elas poderiam ter sobrevivido ao enxame de conflitos e atribulações que rondam sua vida? Elas são fortes porque continuam a nadar sempre, como um peixe.
São tímidas. Tímidas mesmo. Então vai dar um trabalho se você quiser pescar o seu peixe. Ela ficará acanhada de vir abocanhar a isca. Em casos mais extremos a pisciana fecha bem suas escamas, foge do cardume e começa a imaginar porque é assim tão só. No fundo, seu intenso desejo de fazer bem a todas as pessoas que ama, a faz crer que sua presença e suas vontades, de alguma forma, está pressionando, impondo, explorando ou se aproveitando dos outros, quando na verdade não é nada disso. Nessas horas é importante que seu amante seja alguém independente, firme e eloquente para colocar ordem no oceano pisciano.
Mas no fim dessa história a mulher de peixes sempre será aquela moça exalando feminilidade para todos os lados. A que passa com os olhos masculinos acompanhando, não seu porte, não sua beleza, apenas ela. Porque é difícil achar uma mulher que decidiu se assumir estritamente como mulher e o mínimo possivel de masculinidade. Ela não quer avançar, não quer corromper e nem muito menos trocar os papéis com seu namorado. Ela só precisa ser enlaçada por seu braço forte em troca de sua paz.
É um oceano particular. Tormenta e calmaria em curvas precisamente femininas.
Não deixe escapar essa mulher escapar de suas mãos.

sábado, 24 de julho de 2010

Olha,


Eu tenho MUITO dentro de mim e não estou a fim de dar sem receber nada em troca. Essa coisa bonita de dar sem receber funciona muito bem em rezas, histórias de santos e demais evoluídos do planeta. Mas eu não moro em igreja, não sou santa, não evoluí até esse ponto e só vou te dar se você me der também."
Fernanda Mello

é, eu sei.



Eu acredito na fidelidade. Fidelidade espontânea, sem cobranças ou restrições. Ser fiel porque se quer ser. Ainda acredito no amor, no companheirismo, no "se pôr no lugar do outro", no respeito, no valor do sentimento e do carinho. Acredito também, que tudo isso se constrói com o tempo, mas vai do caráter e índole de cada um. Cada um pensa e age de acordo com a sua verdade, e isso é pessoal e intransferível. Eu penso que quando estamos com alguém, supostamente, estamos de corpo e alma, e se não é por isso? Por que estar? Trair não combina com sentimento, fere todos os conceitos de sinceridade e envolvimento, faz da consciência um peso, é maltratar a si mesmo e ao outro. Estar junto tem que ser um ato de verdade, acima de tudo. Se amor não é isso, o que mais pode ser? Formas doentes de sentir não são amor, não ame o que não merece, não ame o que não é amor. E não odeie quem merece o teu desprezo. O ódio é uma forma tão estranha de amar... E digo mais: Até para amar deve haver limites. Amor desmedido é compulsão, carência. Amor passa por um lado muito mais sublime, suave, sutil. Amor é, e só. Nada mais é, como o amor é. Quem muito se doa, não dói no outro. Daquela dor gostosa, eu falo. Só quem já amou e já se sentiu amado sabe da dor que eu falo. Uma dor que não dói, que chamam os corações, de amor. E acredito, porque tudo em mim é isso.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

sou feliz, feliz e canto.


A suprema felicidade da vida é a convicção de ser amado por aquilo que você é, ou, mais corretamente, ser amado apesar daquilo que você é.
Victor Hugo.

de mãos dadas,


Cena 1:
Pego o prato servido, e o preço anotado diretamente da balança. Meia volta, e vê. Dois casais, horário de almoço, mesa para quatro pessoas. É como se a solidão aumentasse em zoom preciso, umas dez vezes, e eu então além de poder senti-lá, posso vê-la. E então, olhares. A menina que está de frente pra mim, sentada ao lado de seu possível namorado, affair, amigo colorido, me encara com vontade. Com força. Veemência. Furiosa. Como um cachorro que não larga o osso por nada, só falta rosnar. Passo com classe e elegância, e sorrio com ironia. Levanto, pego uma sobremesa, e o par de olhos verdes, continua a me encarar. Nem bonito era o rapaz. Mas bateu nela, e eu vi o que transpareceu no ar: insegurança, a própria.

Cena 2:
Casal anda feliz pelo Centro da cidade. Caminha de mãos dadas, sorrisos e conversa leve. Sem pressa, e nem pique. Enrolando-se na cordialidade e paixão um do outro. A menina atrasada, caminhando com a velocidade de um furacão, quase correndo. Vestida às pressas, cara limpa, polainas nos tornozelos. Vem ao encontro, de frente e olha o relógio: dá pra caminhar com calma, o tempo joga a seu favor. A mulher apaixonada nota sua presença fugidia - e por que não, charmosa. Aperta forte a mão do companheiro. Muda o tom da voz, a face parece congelar. A garota afobada também a vê. E passando pelos dois que antes pareciam felizes, e agora discutem um problema que não existe, a menina que apenas está atrasada pra sua única aula matinal percebe mais uma vez, a doença de tantos relacionamentos: insegurança.

Não deveria existir, pra quem segura mãos. Tão pouco, raspa pratos com cumplicidade, e escolhe com charme a sobremesa. Não acredito em relacionamentos que não transbordam cumplicidade, confiança e mais, segurança. Como vencer as tantas barreiras e pilares, obstáculos e provações, sem se ter certeza de que, ao nosso lado, está alguém que não vai nos soltar ao menor sinal de perigo? Diz a letra do Gessinger, e a gente canta em sincronicidade: "Você precisa de alguém, que te dê segurança; se não você dança. Se não você dança". E baila mesmo.
Segurança, não é ouvir cinco vezes por dia "eu te amo". Muito menos, dizer. É sentir que a pessoa que caminha do seu lado, te busca na sua porta, e te liga por pura vontade, quer estar ali por uma escolha dela - e não, por uma imposição sua. É dar liberdade, sem esperar que a pessoa também te dê. A velha estória de que, a liberdade em si, é o que prende o mais livre dos seres. Ter certeza, ninguém tem. Mas a gente sabe; a gente sente. Sinceramente, não sei o que leva pessoas a ficarem tão inseguras. Garota, ele segura a sua mão, porque ele quer. Tenho certeza de que, ele não está com você apenas pela beleza, e não vai ser a harmonia de formas que ele avista na rua, que vai comprometer o relacionamento de vocês. Geralmente, quando a cárie dos apaixonados resolve bater à porta, o problema está mais afundo, mais complexo. E o relacionamento, já vem se definhando. Os últimos a perceber, são quem nele está submerso. O que acaba um casal feliz não é uma mulher em si, e sim, a vontade de trair, de colocar um ponto final. As questões do sub-consciente que ninguém gosta de visitar, disfarçadas. Você está aí acompanhada, enquanto aquela mulher, por mais formosa que seja, está ali sozinha. Pode até ter alguém no pensamento, no coração. Porém no momento, não passa de uma cidadã solitária. Quem deveria estar nervosa, remexida por dentro: você, ou ela? Se algo não vai bem na relação, não adianta apertar mais forte a mão do outro, ou fazer um show de demonstrações de afeto. Prender ainda mais, faz soltar-se sozinho. Ele quer cuidar, amar e ser feliz. E acredito que, numa prisão, é o último lugar da face da Terra que ele desejaria estar. Então, pare de encanar com o que não vai acontecer nem em pesadelo, e fique contente - trate bem quem gosta de você, e se uniu à pessoa maravilhosa que com certeza você é, e esqueça-a. Não custa lembrar, mas: ela é apenas bonita, e não o fim do amor eterno em que você vive. Geralmente, ela nem a ver com tudo isso tem. E isso tudo é o que na minha indignação e frustração, frente ao namoro dos outros, eu gostaria de ter dito. Pela intimidação das mulheres inseguras, eu deveria ter falado. Porque o outro lado solitário, sofre - mesmo calado, e nessa época do ano.
Fique alegre se você tem alguém do seu lado, e mais alegre ainda se você não tem: a sorte sorri para alguns, e promete acontecer para todos. Estar atento, e curtir o momento, é a chave pra qualquer relacionamento de sucesso, começando pelo mais ilustre de todos eles: o amor-próprio. Além de tudo, exercitar tal arte, é delicioso. Have fun!

Camila Paier.

retirado do blog da valdeline barros.

domingo, 4 de julho de 2010

No entanto,


a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida. E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.

sábado, 3 de julho de 2010

Não vá. Pelo amor.


Mesmo quando não quero você perto de mim. Mesmo quando já não aguento as tuas palavras e teus gestos que cortam, não consigo deixar-te ir embora. Não se vá.